sábado, 29 de dezembro de 2012

Atualizações do Projeto Baladeva Vidyabhusana

terça-feira, 20 Dez 2012

por Demian Martins 


Esta antiga pintura se encontra no  Radha-Gokulananda mandir em Vrndavan 



Manuscrito original do Govinda-bhasya escrito à mão por Baladeva Vidyabhusana

Estou feliz em anunciar publicamente a descoberta de dois manuscritos escritos a mão pelo próprio Srila Baladeva Vidyabhusana: um se chama “Sabda-sudha”, datado de 1801 Samvat (1744 D.C.), e o outro é chamado de “Laghu-siddhanta-kaustubha”, sem data. Até agora, estes tratados eram desconhecidos e não há menção deles em nenhum dos catálogos Gaudiya principais. No entanto, podemos inferir que eles são realmente textos referidos como “Pada-kaustubha” e “Vyakarana-kaumudi” nas listas que sempre vemos. Uma peculiaridade importante dos manuscritos do Sabdha-sudha é que Srila Baladeva Vidyabhusana menciona o nome de seu pai: Gangadhara Manikya. Esta evidência resolverá uma controvérsia de mais de uma centena de anos a respeito da paternidade de Vidyabhusana. Alguns alegam que ele nasceu numa família vaisya; alguns alegam que ele nasceu numa família ksatriya; e outros alegam que ele nasceu numa família brahmana. Apenas uma informação histórica acurada baseada em evidência documentada pode evitar este tipo de especulação, por definição um homem não pode nascer um três famílias diferentes ao mesmo tempo. Manikya parece ser um título ksatriya comum, mas apenas após pesquisa detalhada sobre os Manikyas em Orissa seremos capazes de chegar a uma conclusão.

Fui afortunado bastante também de adquirir uma cópia do manuscrito original do Govinda-bhasya assinado por Srila Baladeva Vidyabhusana. Graças à Missão Nacional por Manuscritos eu obtive uma lista de contatos que guardam coleções privadas de manuscritos e a maioria dos proprietários estão cooperando em deixar-me copiar os textos que preciso. Eu encontrei pessoalmente o líder da Vallabha-sampradaya, que prontamente concordou em compartilhar quaisquer manuscritos de Vidyabhusana que eles possam em suas bibliotecas que são de quase quinhentos anos. Também falei com o líder da Nimbarka-sampradaya, que prometeu nos ajudar. Eles têm várias bibliotecas de manuscritos antigos em muitos locais na Índia. Infelizmente, os Gaudiyas são as pessoas menos cooperativas que eu encontrei. Na Bag Bazaar Gaudiya Math em Kolkata, eu não fui nem mesmo permitido ver a biblioteca e na Sri Caitanya Research Institute, também em Kolkata, eles recusaram me deixar tirar fotos de algumas páginas de um livro impresso. Curiosamente, algumas vezes os devotos me perguntam porque tantos livros Gaudiya estão perdidos. Não posso dar uma melhor resposta do que a prevalência deste tipo de atitude não cooperativa.

Quanto às bibliotecas do governo, cada uma tem suas próprias séries de regras. Na Sarasvati-bhavan em Varanasi eles têm 25 manuscritos de Vidyabhusana e com a ajuda de um pandita estamos no caminho de conseguir cópias de todos eles. Na Sanskrit College em Kolkata eles me permitiram copiar seus manuscritos após eu passar por um processo burocrático. Na Bangiya Sahitya Parisad eles têm uns poucos títulos, mas devido às suas exorbitantes taxas (50 rúpias por página) [1,86 reais], eu saí de mãos vazias.

O Projeto Baladeva Vidyabhusana tem os seguintes objetivos primários:

1.   Busca de manuscritos perdidos. (Tais como os comentários a nove Upanisads, Srimad Bhagavatam, etc)
2.     Preservar digitalmente manuscritos existentes em bibliotecas diferentes.
3.     Preservar digitalmente todas as edições de livros de Vidyabhusana.
4.     Preservar digitalmente artigos escritos sobre Vidyabhusana.
5.      Digitar todos os textos originais em sistema unicode digital, que pode ser convertido em caracteres Devanagari, bengali e Oriyan.
6.     Preparar uma edição crítica de cada trabalho.
7.     Traduzir todas as obras para o Inglês.
8.     Publicar todas as traduções com o texto Devanagari original.
9.   Investigar e verificar dados biográficos existentes de Vidyabhusana, incluindo evidências históricas do conflito entre o Gaudiyas e os Ramanandis do Rajastão.
10.    Publicar um trabalho biográfico abrangente.

Tenho viajado extensivamente e me dedicado integralmente a esse trabalho de pesquisa. Gostaria de poder visitar todos os centros principais de repositórios de manuscritos por toda a Índia, mas estou trabalhando sozinho e não tenho assistência financeira para ser capaz de financiar isto, eu peço humildemente àqueles que entendem a importância deste projeto para contribuírem para que ele possa ser plenamente exitoso. 

As despesas estimadas são as seguintes:

1. Viajar na Índia (de trem tanto quanto possível): U$ 150 por mês
2. Alojamento durante viagens: U$ 210 por mês
3. Fotocópias, escanear, taxas das bibliotecas: U$ 120 por mês


Assistência das seguintes formas também são necessárias:

1.    Entrar em contato com bibliotecas e institutos de pesquisa na Índia e no exterior.
2.    Localizar e adquirir textos.
3.    Digitando Devanagari e textos em Bengali transliterado no alfabeto latino.
4.     Revisão de textos transliterados.
5.    Editando e publicando.

Para visualizar amostras dos manuscritos descobertos e ler mais detalhes sobre o Projeto Baladeva Vidyabhusana, por favor, visite o link abaixo onde eu também posto um diário breve compartilhando os principais acontecimentos, descobertas e dificuldades em meu trabalho diário.

Para perguntar, doar ou prestar assistência a qualquer título, entre em contato com Dr. Demian Martins em bkdemian@sify.com

Dr. Demian Martins é brasileiro veja mais aqui

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Fontes: dandavats
             Vidyabhusanaproject.blogspot
Tradução por David Britto, 29 de dezembro de 2012

Maestro de Sitar, Pandit Ravi Shankar Morre aos 92 na Califórnia

por Priya Menon para o The Times of India em 12 Dez 2012



O maestro de Sitar Pandit Ravi Shankar faleceu em San Diego, EUA, na tarde de terça [11 de dezembro]. Ele deu entrada no Hospital Scripps Memorial na última quinta depois de reclamar de falta de ar. Ele tinha 92 anos.


Ravi Shankar e George Harrison (Imagem: movies.ndtv.com)

O primeiro Ministo da Índia manifestou condolências à morte do músico que foi o “embaixador global da herança cultural da Índia”.

“Ele trouxe a música clássica indiana para a América do Norte. Com a colaboração dos Beatles, ele a levou para um nível mundial. Ele estava sempre à procura de novos talentos e introduziu muitos músicos Carnáticos e Hindustanis no ocidente,” [...]

[...] Ele também trouxe a sitar, um instrumento quase desconhecido, para os maiores patamares, disse.



Tradução e resumo por David Britto, 29 de dezembro de 2012