Falso Guru Faz Filme Verdadeiro (Iskcon News)
por Kripamoya
Das para deshika.wordpress.com em 30 Mar 2012
Imagem: Kumare
Aqui está uma
estória interessante de como a arte imita a vida. Kumare é uma história sobre o
que aconteceu quando Vikram Gandhi decidiu ser um “guru” por um tempo – e
organizou para atrair um séquito de devotos sinceros. E seu amigo filmou a
coisa toda com três câmeras.
Vikram é um
americano de ascendência indiana que sabia um pouco sobre religião, Hinduísmo e
yoga. Ele queria ver o quão facilmente ele seria aceito por buscadores
espirituais se ele adotasse a aparência, o discurso e os maneirismos de um
‘guru’.
Então ele
retornou para as aulas de yoga, deixou cabelos e barba crescerem para um visual
genuíno de guru, criou uma identidade online – e então ‘veio para a América’.
O resultado é um
indício de nosso tempo – quando as aparências externas de um ‘guru’ combinadas
com os anseios espirituais de buscadores sub-informados e facilmente satisfeitos
podem produzir um seguimento ardente de futuros discípulos em apenas um curto
tempo.
‘Kumare’ criou
seus próprios slogans e cantos em sânscrito – até mesmo traduzindo o lema dos
fuzileiros dos EUA: ‘Seja tudo que você pode ser’ – para que parecesse como um
aforismo Upanishadico antigo.
O problema é que a maioria das pessoas não conhecem os sintomas de um guru, suas características externas e internas. Eles consequentemente tendem a projetar suas aspirações espirituais em alguém que coincide com suas noções anteriores do que uma pessoa espiritual deveria ser.
O problema é que a maioria das pessoas não conhecem os sintomas de um guru, suas características externas e internas. Eles consequentemente tendem a projetar suas aspirações espirituais em alguém que coincide com suas noções anteriores do que uma pessoa espiritual deveria ser.
Alguns disseram
ainda que ao fazer este filme se destruiria a tenra fé daqueles que se deixaram
levar por seu ‘guru’. Que uma vez tendo sido pegues – e pegues em um filme
diante dos olhos do mundo – eles ficariam muito menos propensos a depositar
suas confianças em mais alguém. Eu posso entender essa objeção, e eu tenho
décadas de experiência pessoal disto. Entretanto, eu acho que o mérito desta
trapaça do público americano irá no fim das contas ser que a cultura ocidental
torne-se mais cautelosa ao confiar em alguém por causa apenas de suas
aparências exóticas. Tomara que as pessoas que queiram saber sobre gurus se
voltem para a literatura fonte deste assunto e se torne capaz de discernir
manifestações genuínas de espiritualidade das aparências superficiais.
Seu servo
David
Britto